Frente aos fenômenos do mundo à serem compreendidos, a ciência deve trabalhar dentro de uma espécie de 'paradigma do determinismo'.
Na busca pelas relações que determinam os fenômenos, não há vez para o mero acaso.
Não podemos afirmar categoricamente ou provar empiricamente o determinismo total e completo, mas para a ciência evoluir, é necessário adotar essa postura filosófica.Na busca pelas relações que determinam os fenômenos, não há vez para o mero acaso.
Entretanto, ao fazer previsões e enunciados em geral, devemos sempre trabalhar com probabilidades.
A própria condição do organismo humano, com todas suas limitações de percepção do micro e do macro, não permite que tenhamos acesso a todas variáveis que controlam e determinam o fenômeno a ser estudado. Outra limitação que não está diretamente relacionada com nossa percepção, é o fato de que não temos acesso ao início da história do fenômeno em questão ( se é que podemos falar em um início propriamente dito ).
Dentro da Psicologia mais especificamente, não temos acesso direto a toda história de vida do indivíduo por exemplo. Isso vale tanto para história pessoal, quanto para a história genética, e isso nos força a trabalhar sempre dentro de probabilidades.
Conseguimos identificar muitas variáveis controladoras, mas com certeza, algo fugirá ao alcance de nossa análise. Mas dentro de uma postura científica, esse 'buraco' ( gap ) no nosso conhecimento não pode ser tapado com noções que barram e limitam a aquisição de novos conhecimentos.
A complexidade das relações a serem identificadas não devem ser entendidas como limitantes, mas sim como motivadoras e incentivadoras de uma contínua busca de compreensão do mundo.
Se deixamos espaço para o acaso, a própria atividade científica perde o sentido.
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